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sexta-feira, 26 de abril de 2019
Mini-documentário.
O vídeo a seguir mostra um trabalho feito por estudantes do 3º semestre no curso de Publicidade e Propaganda - Universidade Anhembi Morumbi. 10/2015. Que fala sobre o racismo camuflado no Brasil. É um vídeo muito bom e que vale a pena assistir!👀
quarta-feira, 17 de abril de 2019
10 fatos contemporâneos para refletir sobre racismo no Brasil.
É muito comum ouvir que não há mais racismo no Brasil. Isso poderia ser um indicativo de que realmente vivemos a sonhada democracia racial, mas não é! Essa visão equivocada na verdade diagnostica algo preocupante: a absoluta falta de conhecimento a respeito da realidade alheia. É preciso abrir os olhos para avaliar o que nos cerca e é preciso aprender a ouvir o outro. Só assim dá para ter mais conhecimento sobre o que é a opressão racial. Afim de refletir melhor sobre o tema chamamos ao debate Djamila Ribeiro, secretária-adjunta da Secretaria de Direitos Humanos e Cidadania de São Paulo, mestra em filosofia e pesquisadora focada em política, feminismo e identidade negra.
Então aí vão 10 apontamentos para refletir sobre o racismo no Brasil de hoje.
“Muitas pessoas confundem racismo com preconceito. Na verdade ele é um sistema de opressão que confere privilégios a um grupo racial em detrimento de outro. A ofensa racista é apenas uma das formas de sinalizar o racismo. É preciso ter uma noção mais ampla disso”, explica Djamila. Identificar esse erro comum é o primeiro passo para compreender o problema de fato.
Você já ouviu falar no “teste do pescoço”? Trata-se de um exercício (proposto pelos ativistas Francisco Antero e Luh Souza) em que cada pessoa deveria esticar o pescoço para dentro de lugares como joalherias, hospitais particulares e universidades para ver quantos negros encontra. Somado a isso, também é imprescindível atentar-se à falta de representatividade negra na grande mídia e na política! Esse exercício simples é revelador e vai de encontro com às estatísticas da desigualdade. Para começo de conversa, o IBGE aponta que no Brasil um negro ganha, em média, 57% do salário de um branco. A população negra e parda representa 52% da população brasileira e 71% da população analfabeta (de acordo com um levantamento da UFRJ) e o IBGE indica, ainda, que os negros são apenas 0,11% dos mestres e 0,03% dos doutores no Brasil.
Lembra do #SomosTodosMaju? Quem parou para ler a chuva de comentários nas redes sociais pode perceber que muita gente se espantou ao ver que ataques desse tipo ainda são uma realidade. Para Djamila, não adianta indignar-se e pensar que esse é um caso isolado, é preciso reconhecer o racismo como problema estrutural. “Não dá pra ter indignação seletiva, revoltar-se com o que aconteceu com a jornalista, mas calar-se quando é com o porteiro, com o menino da periferia”. A indignação é positiva, mas ela é inócua quando não existe reflexão sobre o problema. O que cada um de nós tem feito para mudar essa realidade que nos incomoda?
Reprodução/ site Mdemulher
Fonte: Google imagens.
Então aí vão 10 apontamentos para refletir sobre o racismo no Brasil de hoje.
1.A falta de conhecimento sobre o que significa a palavra “racismo”.
2.Onde estão os negros?
3.O espanto frente ao caso Maju.

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quinta-feira, 4 de abril de 2019
A educação de hoje perpetua o racismo?
Foi necessário promulgar uma Lei (10.639/03), há pouco mais de dez anos, para que as escolas passassem a ensinar história e cultura afro-brasileira, incluindo temas como história da África e dos africanos, a luta dos negros no contexto brasileiro e sua contribuição nas diversas áreas da história e da cultura do Brasil.
Isso porque, embora sejamos um país em que a maioria da população é negra e parda, a história sempre foi ensinada com um viés eurocêntrico, em que os colonizadores são ousados, atravessam oceanos e, para levar adiante seus planos, tornam-se senhores de escravos. A ideia de escravidão é introduzida nas primeiras séries escolares com certo ar de naturalidade. O negro entra como objeto trazido à força de um continente “primitivo”; um ser sem passado nem vínculos sociais, que aceita de forma omissa e acomodada um destino desumano e humilhante. Como as crianças brasileiras podem sentir orgulho de suas origens e sua identidade com essa forma de descrever seus antepassados?
Nos livros didáticos, depois dos capítulos que falam da escravatura, os negros praticamente desaparecem dos textos, como se a história continuasse sem a sua participação. As imagens mais importantes são reservadas aos personagens brancos de cabelos louríssimos, como na capa da coleção “Infância Brasileira”, uma das mais adotadas na década de 60.
A imagem do negro no mundo do trabalho é muitas vezes desvalorizada de forma implícita. Uma conhecida cartilha escolar pede que o aluno escreva o nome das profissões e apresenta os desenhos de um menino branco vestido de médico, outro vestido de juiz e um menino negro em funções subalternas.
Reproduzindo o cenário sociocultural, o sistema de ensino também reserva ao negro, até em função de suas condições sociais e de renda, uma trajetória escolar incerta, na qual continuar estudando é uma conquista diária.
Assim, a educação contribui para reforçar o racismo, ora explícito ora velado, que existe na sociedade brasileira.
Porque foram educados, em casa e na escola, com narrativas que apresentam o negro como inferior e coadjuvante, muitos ainda hoje têm dificuldade de aceitar que ele possa chegar a altos níveis de formação ou que ocupe posições sociais importantes. É forte, em alguns grupos, o sentimento contra qualquer política de reparação da dívida social contraída nos tempos da escravidão.
Ações afirmativas como as cotas para as universidades ajudam a atenuar, ainda que de um jeito capenga, o abismo educacional forjado na época da colônia e que, se não fosse por força de lei, dificilmente seria superado neste século.
A Lei 10.639/03, sobre ensino de história e cultura afro-brasileira, é uma ruptura no ciclo educacional que perpetua o racismo. Propõe que as crianças aprendam uma nova história, mais realista e respeitosa, a partir de conteúdos sobre as lutas de libertação que o negro trava até os dias atuais, em busca dos seus direitos de cidadão.
A proposta ainda não foi totalmente tirada do papel, mas escolas e famílias deveriam levá-la a sério. Trazer para o debate os problemas raciais da sociedade, rejeitar o preconceito e ensinar as crianças a fazer o mesmo. Valorizar a diversidade e a igualdade. Ficar atentos aos materiais didáticos, verificando se incluem a valorização da cultura negra.
Esse resgate não interessa só aos negros, mas a todos os estudantes, porque os prepara para viver como cidadãos atuantes num país pluriétnico e multicultural e ajuda a desconstruir os mitos de inferioridade e superioridade entre culturas, valorizando a riqueza de uma de nossas marcas distintivas, a miscigenação. Não é suficiente para garantir que a população negra seja mais bem tratada na escola e na sociedade, mas é um passo para reduzir as injustiças e emancipar muitos jovens das lentes caducas com que aprenderam a ver o mundo.
Por Andrea Ramal
Acesse no site de origem:http://g1.globo.com/educacao/blog/andrea-ramal/post/educacao-de-hoje-perpetua-o-racismo.html
Sugestão de plano de aula
Plano de aula
Público alvo: 4º ano.
Tema:Tecnologia como ferramenta de conhecimento para eliminar o racismo e a desigualdade.
Justificativa:O racismo no Brasil é um grande problema desde a era colonial e escravocrata impostas pelos colonizadores portugueses e permanece até os dias atuais. Diante disso é necessário se trabalhar desde cedo contra o racismo ou qualquer tipo de descriminação, trazendo informações acerca do tema que favoreçam na compreensão de tais práticas de modo leve e dinâmico, sendo a tecnologia uma ferramenta bastante atrativa, nada melhor que toma-la como aliada nessa busca de igualdade, sabendo que a tecnologia é de fato estimulante e necessária para a aprendizagem do aluno.
Objetivo Geral: Trabalhar a identidade negra bem como a diversidade presente em sala de aula e a importância da convivência baseada no respeito frente as diferenças, visando a construção de uma sociedade mais tolerante, pacifica e igual.
Objetivos específicos:
- Discutir sobre os conceitos de racismo e preconceito.
- Compreender a formação da sociedade brasileira a partir da miscigenação de diferentes povos (brancos, negros e indígenas);
- Perceber as heranças de preconceito e discriminação presentes no Brasil através da mídia (televisão, publicidade) através do celular em pesquisas relacionadas.
- Utilizar os recursos que o celular possibilita, com o uso da internet.
- Construir os conceitos de raça, etnia, preconceito e racismo, para a partir daí produzir materiais de divulgação que apresentem imagens positivas da população negra e mestiça;
- Refletir a respeito do racismo e da valorização da diversidade étnico-racial.
Metodologia:
Disciplina: História.
1º momento.
Observação: Utilizar o celular com acesso à internet como principal via de pesquisa e construções dos trabalhos propostos.
1. Estudo da sociedade brasileira do início do século XIX a partir das pinturas do francês Jean-Baptiste Debret. Pesquisar sobre tal pintor no site
http://www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=688 .E responder: O que o artista achou de tão “pitoresco” no Brasil?
2. Em seguida abrir uma roda de conversa para discutir as obras do pintor e o que se percebe, e se ainda há alguma semelhança com o que veem nos dias atuais, o que mudou, o que continua e o que se pode fazer?
3. Leitura do texto “Ontem e hoje: o negro no Brasil”, retirado do site do IBGE. Propor que pesquisem, orientando quando necessário, seguido de uma leitura e após propor que falem o que compreenderam.
Disciplina: Artes.
2º momento.
1. Leitura de imagem e trabalho descrevendo e interpretando a obra: Operários (1933), da artista Tarsila do Amaral. Propondo que as próprias crianças pesquisem nos seus aparelhos (Celular).
Em seguida discutir sobre o que eles viram e qual a relação com o trabalhado na aula de história do primeiro período.
2. Releitura da obra de Tarsila do Amaral, refletindo sobre as pessoas da pintura, considerando que são diferentes e que cada uma possui uma etnia, raça e gostos, que formam a sua identidade. Trazendo para essa reflexão a importância do respeito e a fortificação de que todos são iguais e merecem as mesmas oportunidades.
3. Propor que façam um desenho, texto, poesia ou o que tiverem mais aptidão usando o celular, relacionado com o estudo feito até aqui.
3º momento:
Propor que formem grupos e façam cartazes relacionados ao tema, colocando o que produziram no celular e juntos pesquisem coisas que achem interessantes para apresentarem a turma junto aos cartazes que produziram, usando a criatividade e o celular de forma preferível pelo grupo (músicas, comidas, curiosidades).
Após propor o trabalho, colocar a música Loirinha Bombril, dos Paralamas do Sucesso, com intuito de promover discussão e reflexão a respeito da diversidade étnica brasileira.
Em seguida, mãos à obra (45 minutos), após o trabalho concluído, apresentação dos trabalhos feitos e finalizar a aula parabenizando os alunos, e fazer uma auta avaliação da aula e do que foi aprendido, e expor o trabalho produzido para que todos possam ver, finalizando assim a aula.
Recursos didáticos:
Internet, celular, cartolina, pinceis, lápis de colorir, caixa de som, pincel para quadro, lápis de escrever e borracha, pendrive.
Avaliação:
Como critérios serão considerados os índices de envolvimento do aluno na atividade, seu empenho em participar das apresentações e suas atitudes de reconhecimento da importância do respeito à diversidade, será uma avaliação continua acerca de tudo que foi trabalhado na aula.
Referências bibliográficas:
PAPERT, Seymour (2008) - A máquina das crianças: repensando a escola na era informática. Tradução Sandra Costa. - Ed. rev. - Porto Alegre: Armed, 2008.
LEVI, Pierre (1998) – Tecnologia da inteligência. Tradução Carlos Irineu da Costa.
VENTURELLI, Suzete (2204) - Onde começa o humano, onde termina a máquina? (Pag. 11 a 21). Título: Arte: espaço-tempo-imagem. 1º ed.
Wikipédia, a enciclopédia livre. Visitado: dia 25-03-2019. Racismo.
Site: Https://educa.IBGE.gov.br. Visitado: dia 25-03-2019.
Site: Https://Sociedadeprotetoradosdesvalidos.blogspot.com - ONTEM E HOJE, O NEGRO NO BRASIL.
Música: Lourinha Bombril (original - 1996) – Paralamas do Sucesso.
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