quarta-feira, 17 de abril de 2019

10 fatos contemporâneos para refletir sobre racismo no Brasil.

É muito comum ouvir que não há mais racismo no Brasil. Isso poderia ser um indicativo de que realmente vivemos a sonhada democracia racial, mas não é! Essa visão equivocada na verdade diagnostica algo preocupante: a absoluta falta de conhecimento a respeito da realidade alheia. É preciso abrir os olhos para avaliar o que nos cerca e é preciso aprender a ouvir o outro. Só assim dá para ter mais conhecimento sobre o que é a opressão racial. Afim de refletir melhor sobre o tema chamamos ao debate Djamila Ribeiro, secretária-adjunta da Secretaria de Direitos Humanos e Cidadania de São Paulo, mestra em filosofia e pesquisadora focada em política, feminismo e identidade negra.
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                                          Fonte: Google imagens.



Então aí vão 10 apontamentos para refletir sobre o racismo no Brasil de hoje.


1.A falta de conhecimento sobre o que significa a palavra “racismo”.


“Muitas pessoas confundem racismo com preconceito. Na verdade ele é um sistema de opressão que confere privilégios a um grupo racial em detrimento de outro. A ofensa racista é apenas uma das formas de sinalizar o racismo. É preciso ter uma noção mais ampla disso”, explica Djamila. Identificar esse erro comum é o primeiro passo para compreender o problema de fato.

2.Onde estão os negros?


Você já ouviu falar no “teste do pescoço”? Trata-se de um exercício (proposto pelos ativistas Francisco Antero e Luh Souza) em que cada pessoa deveria esticar o pescoço para dentro de lugares como joalherias, hospitais particulares e universidades para ver quantos negros encontra. Somado a isso, também é imprescindível atentar-se à falta de representatividade negra na grande mídia e na política! Esse exercício simples é revelador e vai de encontro com às estatísticas da desigualdade. Para começo de conversa, o IBGE aponta que no Brasil um negro ganha, em média, 57% do salário de um branco. A população negra e parda representa 52% da população brasileira e 71% da população analfabeta (de acordo com um levantamento da UFRJ) e o IBGE indica, ainda, que os negros são apenas 0,11% dos mestres e 0,03% dos doutores no Brasil.

 3.O espanto frente ao caso Maju.


Lembra do #SomosTodosMaju? Quem parou para ler a chuva de comentários nas redes sociais pode perceber que muita gente se espantou ao ver que ataques desse tipo ainda são uma realidade. Para Djamila, não adianta indignar-se e pensar que esse é um caso isolado, é preciso reconhecer o racismo como problema estrutural. “Não dá pra ter indignação seletiva, revoltar-se com o que aconteceu com a jornalista, mas calar-se quando é com o porteiro, com o menino da periferia”. A indignação é positiva, mas ela é inócua quando não existe reflexão sobre o problema. O que cada um de nós tem feito para mudar essa realidade que nos incomoda?
ReproduçãoReprodução/ site Mdemulher
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